Arquivo para maio \30\-03:00 2011

Junto com movimentos sociais, Lula propõe plenária sobre reforma política

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta sexta-feira (27), em São Paulo, representantes das seis centrais sindicais para conversar a respeito de reforma política. Ao final do encontro, ficou acertada a organização de uma grande plenária nacional, com a participação de partidos políticos, movimento sindical e outros movimentos sociais, com a finalidade de unificar a luta em torno das bandeiras consensuais em torno da reforma.

Por Fernando Damasceno, no Portal CTB

Para Lula, o tema é algo de importância nacional e cabe às forças da sociedade civil apresentar propostas que tenham por finalidade ampliar a democracia no país. “Sem a participação da sociedade não teremos êxito em qualquer avanço da reforma política”, afirmou, diante dos sindicalistas.

Representaram a CTB na reunião o presidente Wagner Gomes, o vice-presidente Nivaldo Santana e o secretário de Política Sindical, Joílson Cardoso. Todos eles definiram a reunião desta sexta-feira como altamente positiva. “Certamente participaremos desse esforço. Podemos fazer dessa plenária algo semelhante ao que fizemos na Conclat, em 2010”, disse Wagner.

Lula fez questão de frisar a importância de articular uma reforma que fortaleça os partidos políticos. Para isso, ele entende que o apoio e a participação das centrais são fundamentais. “O movimento sindical brasileiro tem uma força que provavelmente não existe em nenhum outro lugar do mundo. As centrais são um setor com toda a legitimidade para apresentar propostas e participar ativamente nesse processo”, sustentou o ex-presidente da República.

Articulação adiantada

Ao longo dos últimos meses, já ocorreram sete encontros entre fundações de partidos, movimentos sociais e centrais sindicais, ocasiões em que a CTB sempre esteve presente. Dessas reuniões, já saíram pontos de consenso para uma proposta unitária de reforma política, entre eles a necessidade de o país contar com o financiamento público de campanha, com o voto em lista pré-ordenada para o Legislativo, a fidelidade partidária, o voto obrigatório, menos entraves para a democracia participativa e a contrariedade ao chamado voto distrital.

Para Nivaldo Santana, há, de fato, entre essas propostas, algumas que conseguem unificar os partidos progressistas, boa parte dos movimentos sindicais e as centrais. “A proposta de se realizar uma plenária será importante para nos focarmos naquilo que já temos consenso”, afirmou o vice-presidente da CTB. Lula complementou: “É preciso superar as diferenças para enfrentar o que é antagônico”.

Joílson Cardoso tem sido o dirigente da CTB mais atuante nos fóruns de debate sobre reforma política. Durante a reunião desta sexta-feira, ele lembrou que a Central participa da Frente Parlamentar que trata desse tema no Congresso e defendeu a necessidade de dialogar com um público mais amplo. “Temos que fazer esse tema chegar a toda sociedade, mostrar a importância do financiamento público como instrumento de ampliação da democracia, para garantir a participação popular”, afirmou.

Para Lula, a realização da plenária tem exatamente essa função. “Já temos material para nos reunirmos. Vamos mostrar à sociedade o que nos une e discutir as divergências. Temos que ter clareza que certos temas não serão populares, mas cabe a nós colocar isso em pauta”, finalizou.

Fonte: Vermelho

CUT-RJ promove oficina sobre novas mídias

Objetivo é fornecer conhecimentos e técnicas sobre as novas tecnologias da comunicação às entidades CUTistas

O Coletivo e a Secretaria de Comunicação da CUT-RJ vão promover uma oficina sobre Novas Mídias no dia 9 de junho, das 10h às 18h. A iniciativa tem o objetivo de fornecer conhecimentos e técnicas sobre as novas tecnologias da comunicação eletrônica aos sindicatos e oposições cutistas que ainda não as utilizam.

As inscrições já estão abertas para 30 vagas e os interessados deverão preencher um formulário eletrônico (clicando aqui) e depositar a quantia de R$ 30,00 na conta corrente da CUT-RJ (também disponível no formulário). Podem se inscrever para participar da oficina diretoras(es) de comunicação e profissionais da área de comunicação (jornalistas, fotógrafos, ilustradores, publicitários etc) das entidades filiadas à CUT-RJ e das oposições cutistas reconhecidas. A oficina será realizada no auditório da CUT-RJ e será necessário que cada participante leve um notebook ou laptop com wireless, uma vez que a teoria e a prática serão oferecidas conjuntamente.

A oficina sobre Novas Mídias será ministrada pelo jornalista multimídia, radialista e técnico em eletrônica Arthur William. Integrante do grupo de Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) da Associação Mundial de Rádios Comunitárias (AMARC), Arthur cursa o MBA em TV Digital, Radiodifusão e Novas Mídias de Comunicação Eletrônica na Universidade Federal Fluminense (UFF) e trabalha no Núcleo de Multimídia da TV Brasil/Rádio MEC. Além disso, também é professor de rádio e novas mídias em cursos oferecidos por organizações do terceiro setor como NPC (Núcleo Piratininga de Comunicação), BemTV e UNIRR (União em Redes de Rádio).

Confira o programa da oficina, inscreva-se e participe.

Oficina sobre Novas Mídias

1ª parte

– Sistemas de publicação web (CMS)

– Softwares livres e proprietários para jornalismo

– Publicação de conteúdo nas redes sociais (Socialcast)

– Twitter / Flickr / YouTube / Radiotube

2ª parte

– Captação e edição de imagem

– Galeria de fotos
– Captação e edição de audiovisual
– Transmissão ao vivo de eventos (Streaming)
– Web TV
– Captação e edição de áudio
– Web Rádio

Tópicos do curso

Texto
Criação de blog
Atualização de conteúdo dinamicamente (via CMS – Sistema de Gerenciamento de Conteúdo)
Registro de domínio (.com, .com.br)
Webwriting (pirâmide invertida horizontal, heatmaps e padrões de leitura)
Tag, palavra chave
SEO – Search Engine Optimization (táticas de marketing de busca)

Imagem
Equipamentos necessários
Compressão digital x imagem analógica
Dicas para foto digital
Tratamento de foto digital
Edição com Photoshop
Editoração eletrônica de impressos: InDesign

Vídeo
Equipamentos necessários
Dicas para vídeo digital
Edição de vídeo (Adobe Premiere)
Compressões e codificações
Alterando a codificação de um vídeo
Publicação de vídeo
Autoração de DVD

Áudio
Equipamentos necessários
Edição de áudio (software livre e proprietário)
Entrevistas pela Internet
Publicação de arquivos
Podcast
Web rádios (streaming e sob demanda)

Mídias Sociais
Orkut
Facebook
Twitter
Delicious
MySpace
Linkedin
YouTube
Flickr

Fonte: CUT-RJ

Sindicato repudia “mordaça” em jornalistas nas redes sociais

O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo emitiu uma nota, na última quarta-feira (18), em que repudia a adoção de manuais e guias com diretrizes para o uso das redes sociais por jornalistas. Segundo a entidade, estes guias servem para cercear a liberdade de expressão dos jornalistas no uso das redes sociais.

“O Sindicato acredita que decisões como estas não coadunam com os discursos liberais dos empresários de comunicação, que se consideram os detentores da liberdade de expressão, mas que na prática amordaçam seus profissionais”, declara a nota publicada no site.

Foram citados casos recentes, em que jornalistas foram demitidos ou punidos por declarações feitas em redes sociais. Um desses casos é o do jornalista Alec Duarte, da Folha de S.Paulo, e de Carolina Rocha, do Agora SP. Os dois foram demitidos por postar comentários no Twitter.

Os tuites criticavam os procedimentos realizados pelos veículos durante a cobertura do falecimento de José Alencar. Outra demissão foi a de Felipe Milanez editor da revista National Geographic, ligado ao grupo da editora Abril. Milanez ganhou a rua por criticar uma matéria da revista Veja, ligada à Abril.

UOLGlobo Folha de S.Paulo adotaram manuais que regulamentam o uso institucional das redes sociais. Algumas das orientações passadas são: evitar posições partidárias e políticas, não antecipar o conteúdo de reportagens que serão publicadas, e não fazer declarações sobre os bastidores das redações.

Meios de comunicação internacionais também criaram sua própria legislação como a Reuters, Associated Press, Wall Street JournalNew York TimesWashington Post, ESPN e Bloomberg. O manual com melhores práticas para jornalistas em redes sociais pode ser baixado no site da Asne, associação nacional de editores de notícas dos EUA.

Sem contrapartida

Guto Camargo, presidente do sindicato, explica o posicionamento da entidade contra os manuais para as redes. “Hoje, com o forte impacto que a internet tem, as empresas obrigam os jornalistas a produzir conteúdo para a internet. Com isso, a empresa agrega valor e prestígio para seu veículo, mas não há contrapartida financeira para o jornalista”, explica. “Agora querem regular a priori o que é publicado nas redes”.

Com a internet, o controle da informação ficou mais difícil, pois não necessariamente passa pelo crivo editorial dos veículos, como sempre aconteceu com os impressos. Para Camargo, a intenção desses manuais é controlar a informação.

“A internet abriu um novo flanco, onde o jornalista pode escrever algo sem o crivo da empresa, podendo publicar algo que o jornal não publicou. Hoje ele pode divulgar informações que o jornal se recusaria por meio destas novas tecnologias. Os manuais impedem a possibilidade do jornalista de divulgar de forma independente”, diz.

Ele reitera que a responsabilidade por possíveis transgressões na prática jornalística não deve ser transferida para a empresa, mas sempre ser balizada pelo Código de Ética. “Todo jornalista deve seguir o Código de Ética e estar ciente que tem responsabilidade pelo que publica. Tem que se pautar pelo parâmetros éticos. Isso a sociedade e o leitor pode, e deve, cobrar”.

Camargo diz não concordar com a dinâmica e sua eficácia no combate às infrações. “Primeiro, deve-se responsabilizar devidamente quem publica e punir a transgressão se for necessário. O direito de liberdade do jornalista implica no dever de arcar com as consequências do que divulgar. Isto é uma prerrogativa do jornalista, e não da empresa.”

Fonte: Portal Vermelho com Portal da Imprensa

II Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas

Altamiro Borges convida sindicalistas para participar do evento.

Mais um trabalhador morto em acidente na Petrobrás X nomeação de Reichstul para conselheiro governo = prenúncios de retrocesso!!!

Na tarde desta terça-feira, 17, mais um trabalhador entrou para as estatísticas de petroleiros mortos em acidentes de trabalho. Desta vez, a fatalidade foi na unidade HDT de instáveis da Revap, em São José dos Campos, onde aconteceu um vazamento seguido de incêndio, que também deixou mais dois trabalhadores feridos.

 As vítimas eram prestadores de serviço, contratados pela empresa LM. É a segunda morte de trabalhador terceirizado ocorrida este ano na Petrobrás. Desde 1995, a insegurança na empresa já vitimou 291 petroleiros, dos quais 234 eram terceirizados.

Para os que não vivem a realidade nua e crua das plataformas, refinarias e gasodutos, o discurso dos petroleiros que lutam por mais segurança nas unidades da Petrobrás pode até parecer redundante, porém, retrata uma verdadeira necessidade da categoria, que é o respeito à vida. É inadmissível aceitar a complacência da gestão da Petrobrás com as condições inseguras de trabalho a que são expostos os trabalhadores para manter a produção e os lucros da empresa a pleno vapor.

Agora, como se já não bastasse a revolta gerada pelo péssimo modelo de gestão de SMS da Petrobrás, os petroleiros também estão indignados com uma espécie de retrocesso que a estatal tem mostrado nas últimas semanas.

Como se já não bastasse todos os abusos das gerências que tratam os trabalhadores como meras estatísticas, agora, a categoria foi surpreendida com a nomeação do ex-presidente da Petrobrás, Henri Philippe Reichstul, para a questionável Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, instalada pelo governo. É, isso mesmo, R E I C H S T U L, aquele que entre 1999 e 2001, provocou a morte de 76 petroleiros em acidentes de trabalho e 29 grandes acidentes ambientais, entre eles, o vazamento na Baia de Guanabara e no Paraná, e é claro, o afundamento da P-36, que como todos sabem, tirou a vida de 11 trabalhadores.

Será isso uma espécie de prenúncios de dias ainda mais difíceis? Será que depois da árdua luta dos petroleiros contra a gestão deste mesmo sujeito que congelou os salários da categoria, aumentou a precarização do trabalho, e ainda por cima, fez de tudo pra privatizar a estatal, teremos que assistir a este retrocesso?

Portanto, assim como repudiamos as condições inseguras de trabalho a que são expostos os trabalhadores, também consideramos inadmissível aceitar esta infeliz nomeação de Reichstul como conselheiro Câmara de Políticas de Gestão da Petrobrás.



 

Este é um espaço reservado para denúncias de práticas antissindicais, assédios e ataques a direitos.

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